
Da história à
moda

Romantismo (Era Vitoriana)
Romantismo, período que vai do final do século XVIII e vai até XIX, criticava o neoclássico e seu excesso de racionalidade e invocava o Renascimento. Concentra-se muito mais no "eu" e na emoção. A partir de 1837, com a morte de William IV, sua sobrinha, a princesa Vitoria o sucede, dando início assim a "Era Vitoriana".
A ARTE DO ROMANTISMO
Com a busca pela fuga da realidade concreta, as obras do período do Romantismo retratam muitas vezes cenas fantasiosas, que provocam uma sensação forte para despertar emoção ao espectador.
Um dos quadros que mais retratam essa característica é o de Francisco Goya, representando Saturno devorando seus filhos.




A ARMAÇÃO DE CRINOLINA
A armação de crinolina veio como uma libertação do desconforto causado pelo enorme vestido vitoriano. Apesar da armação ser muito grande e necessitar, para ser colocada, de camareiras e até uma vara comprida, era mais leve do que, para conseguir a silhueta desejada, usar até seis anáguas.
Por ser leve, era facilmente apanhada pelo vento e, devido a isso, as mulheres da era vitoriana costumavam usar calças por baixo do vestido, por recato. Os cartunistas dos anos de 1860 retratavam muitas vezes os "perigos da crinolina" com mulheres precisando se segurar em objetos para não sairem voando.
A primeira crinolina surgiu no final da década de 1830, feita de crina. Em 1856, W.S. Thompson patenteou a armação feita de metal. O uso da peça se espalhou rapidamente entre as mulheres, tanto aristocratas quanto as mulheres trabalhadoras.


A MODA DO ROMANTISMO
A moda do Romantismo resgata muitas das refrências do Rococó, como a utilização de leques que indica também status social.
É criada a concepção da "mulher frágil, meiga". Como a cintura era muito apertada por espartilhos, o vestuário acabava por acarretar muitos problemas de saúde e respiração. Era comum portanto, as mulheres desmaiarem ou não conseguirem se alimentar direito. A utilização do chapéu pelas moças quando passeavam fazia com que tivessem a pele branca, o que aparentava uma vida caseira, sem se expor tanto ao sol. Os tecidos mais usados eram a organza, a seda e o tartã xadrez e os decotes podiam ser em V, redondos ou canoa e, a partir de 1830, tornou-se comum as mangas presunto.
O VESTIDO VITORIANO
A forma extremamente feminina com saias enormes ressurge na Era Vitoriana. A armação feita de crinolina era tão grande que precisava ser colocada com a ajuda de uma camareira e varas compridas. Rainha Vitoria também popularizou o xadrez e o tartã
O INíCIO DA ALTA-COSTURA
Em 1858 surge a primeira maison de alta-costura, em Paris. A Maison Worth & Bobergh foi criada pelo estilista Charles Worth em sociedade com um rico sueco, Otto Gustaf Bobergh.
A mulher de Worth, Marie Augustine, sabendo que a imperatriz Eugênia era uma grande influenciadora da moda na época, levou os desenhos do marido para a mulher do embaixador da Áustria, princesa Pauline Von Metternich, com esperança de que ao ver a princesa os usando, Eugênia perguntaria sua origem. Assim, como costureiro de uma imperatriz, Worth garantiu uma posição privilegiada na moda da época. Ao invés de terem o costureiro visitando suas casas, eram as mulheres que visitavam a maison e Worth criava vestidos sob medida para elas, mediante muitas provas. Ele foi o primeiro costureiro a produzir coleções sazonais e depois as apresentar para as clientes.
Em 1870, a parceria com Bobergh acabou, mas a maison crescia cada vez mais. O negócio expandiu-se também para Londres e, mesmo depois da morte de Charles Worth o negócio continuou florescendo com seus filhos. Foi, inclusive, um de seus filhos, Gaston Worth, que em 1910 criou o Chambre Syndicale de la Haute Couture, que protegia os direitos dos criadores e mantinha o padrão de qualidade que uma maison de alta-costura deveria ter.


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